quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Simplicidade da Doutrina Espírita

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Robinson Soares Pereira

Nos tempos atuais, em que a humanidade parece vagar sem rumo e as desilusões da vida têm feito muitas vítimas na área psicológica, é cada vez maior o número de pessoas que procuram as Instituições Espíritas, como “última tentativa” de amenização para seus problemas.

Como ensinou Jesus, em várias passagens nas quais Ele empreendeu a cura dos atormentados, sempre dizendo: — “A tua fé te salvou! De outra vez não tornes a pecar!”

Da mesma forma, a Doutrina Espírita alerta que a fé tem que ser “raciocinada” e forte o suficiente para mover as montanhas da nossa inoperância diante das dificuldades da vida. Ela nos mostra, através dos ensinos, que a reforma vem de dentro para fora com a reforma interior, que transformará os vícios que nos desequilibram em virtudes que nos proporcionarão o equilíbrio desejado. Nisso consiste o não “pecar” novamente.

O problema é que algumas Casas Espíritas vão perdendo de vista esta simplicidade do tratamento que Jesus imprimia aos necessitados e inventam “formas” de auxílio que não condizem com o funcionamento de tais Casas e até o complicam.

Não podemos olvidar que tratamentos experimentais e mesmo os comprovados cientificamente cabem a consultórios médicos, clínicas especializadas, hospitais, etc. Daí, o perigo de trazer para dentro das Instituições Espíritas: aplicações de luzes, pomadas, remédios alopáticos sem prescrição médica e outros do gênero, práticas que podem, até mesmo, gerar problemas legais de implicações nefastas para dirigentes e para as próprias Instituições.

É imperioso retornarmos à edificação das pessoas, principalmente pelo ensino através das palestras, dos estudos, da evangelização infanto-juvenil, das tarefas de assistência social, das conversações edificantes e orientações com base nos postulados espíritas, utilizando, ainda, os tratamentos consagrados pelo Espiritismo, tais como: reuniões de desobsessões, fluidoterapia (passe e água fluidificada), irradiações a distância...

Não nos deixemos levar por essas “inovações”, trazidas pelos “novidadeiros” que conhecem superficialmente o Espiritismo em toda a sua simplicidade e essência cristã. Não obstante os avanços científico e tecnológico, que nos conduzem ao progresso também dentro das Casas Espíritas, nunca é demais repetir que a cura verdadeira dá-se com a modificação de nossa atitude mental e, consequentemente, das nossas ações. Só assim, seremos melhores e não curados “aparentemente” para, mais tarde, cairmos novamente e até em situação bem pior.

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