segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Doença e Remédio

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O trato com as chagas da ignorância, na esfera da Humanidade, quais sejam a incompreensão e a vingança, a crueldade e a rebeldia, anotemos a conduta da Misericórdia Divina, no quadro das doenças terrestres.

Porque alguém acusa os reflexos tóxicos dessa ou daquela enfermidade, não sofre condenação a permanente desajuste.

Recebe a atenção da Ciência, que lhe examinas as possibilidades de cura ou melhoria.
Porque o médico deve observar detritos corruptores, não lhe impele a saúde à perturbação e ao relaxamento.


Dá-lhes luvas protetoras.

Porque processos infecciosos alteram a constituição celular nessa ou naquela parte da província corpórea, não sentencia a zona atacada a simples extirpação.

Oferta-lhe o recurso adequado para que elimine a infestação virulenta.

Se grandes lesões comparecem na estrutura do carro físico, ameaçando-lhes a segurança, traça o plano necessário à intervenção cirúrgica, mas não deixa o doente a insular-se no desespero, estendendo-lhe à dor o amparo da anestesia.

Se moléstias epidêmicas surgem, insidiosas, distribui a vacinação que susta o contágio.
Vemos que a Lei de Deus não se conforma com o mal: ao contrário, opõe-lhe a cada instante o socorro do bem.


Dessa forma, se os agentes da lama se te infiltram no passo, exibindo-te aos olhos perigosas ações de discórdia e infortúnio naqueles que mais amas, não podes realmente acomodar-se aos golpes com que te impulsionam à imersão na maldade, mas podes esparzir a água viva do amor, auxiliando em silêncio as vítimas do desequilíbrio que tombam sem saber que se arrastam no lodo.

Usa, pois, cada hora, a compaixão sem termos e o perdão sem limites, porque o próprio Jesus, perante os nossos males, exclamou, complacente:

- "Em verdade, eu não vim para curar os sãos."
Do livro: Canais da Vida
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

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